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Precisamos falar sobre orientadores - Parte 1

O que eu vivi não foi exceção. Pelo contrário, é a regra. E você, se já passou por uma faculdade, seja na graduação ou na pós, vai entender do que estou falando. Se não souber, você é um dos sortudos.

estudante com camisa xadrez preta e branca com livros em uma biblioteca. A aluna segura um lápis enquanto escreve, olhando para o que escreve. Ela é morena de cabelos longos e lisos.

Eu entrei na universidade em 2016, com apenas 17 anos. Era a faculdade dos meus sonhos - Biologia na USP.

Minha primeira experiência com um orientador na faculdade foi, no mínimo, frustrante.

Eu tinha apenas seis meses de faculdade, ou seja, eu era inexperiente e crua. Mesmo assim, ao longo do meu um ano e meio fui deixada praticamente sozinha para analisar o comportamento de formigas (sim, era isso que eu fazia).


O como e o porquê de eu estudar isso é irrelevante para essa história.


Meu orientador era francês, e passava mais tempo fora do país do que presente no campus. Então, aquela experiência, que deveria ser um momento de aprendizado e orientação acabou se tornando um processo solitário e desafiador. E esse foi apenas o começo.


Os desafios ali foram muitos: escrever projeto de pesquisa, resumos e pôsteres e, no meu caso, realizar experimentos. É bastante evidente que não é algo que se aprende na escola, por vezes, nem na faculdade.


Então por que eu deveria saber? Bom, eu não deveria mesmo. Nem você deveria.


Conforme os meses foram passando e os meus experimentos começaram, passei a enfrentar minhas preocupações a respeito da qualidade do trabalho que eu (sozinha) estava construindo. Sem uma orientação devida, e, no caso, quase inexistente, é natural que o resultado não seja bom.


Com pouco mais de 1 ano ainda estudando formigas e com mais de 1 ano e meio do meu curso, algumas ideias começaram a se encaixar na minha cabeça.


Não me entendam mal, eu aprendi muito. Me inundei de artigos científicos e comecei a escrever de forma acadêmica, além de ter obtidos resultados interessantes com as formigas. Mas era superficial. Eu comecei a perceber que eu estava só riscando a superfície do que a academia tinha a proporcionar e me via presa com uma pesquisa e um orientador que não me davam perspectiva de crescer e me aprofundar.


Isso me levou a um buraco: eu não tinha orgulho do que estava fazendo.


Essa foi a primeira vez que a academia me quebrou. E eu ainda tinha ao menos 6 meses adiante nessa mesma pesquisa e com esse mesmo orientador... #OrientaçãoAcadêmica #VidaAcadêmica #ExperiênciaUniversitária #Orientadores #ReflexõesAcadêmicas #Educação #DesafiosAcadêmicos #EducaçãoSuperior #ApoioEstudantil

 
 
 

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