IA está prejudicando os artigos científicos? O que você precisa saber antes de usar.

A inteligência artificial transformou a forma como produzimos conhecimento. Mas será que seu uso nos artigos científicos está elevando ou comprometendo a qualidade acadêmica?

Recentes retratações de publicações mostram que o uso imprudente da IA — especialmente de ferramentas como o ChatGPT — está gerando resultados preocupantes, como referências falsas e trechos absurdamente genéricos.

Neste artigo, vamos entender quais os riscos reais do uso da IA em publicações científicas, como evitar erros comuns e quais ferramentas realmente confiáveis você pode usar com segurança.

O Retraction Watch lista artigos CIENTÍFICOS! que usaram IA generativa de forma equivocada, gerando resultados assustadores: referências citadas que não existem; trechos copiados tão diretamente do ChatGPT que ainda incluíam coisas como "Como um modelo de linguagem de IA, eu não tenho acesso à internet em tempo real...” (fonte abaixo).

Para quem usa a IA dessa forma, talvez faça sentido ao ouvir discursos como "a IA vai substituir os seres humanos". Mas quem sabe usar — e sabe identificar quando está sendo usada mal — entende que não é por aí.

O ChatGPT, por exemplo, não deve JAMAIS ser usado como fonte de artigos científicos. Ele inventa. É o que está programado para fazer. 

A publicação científica requer verificação rigorosa, originalidade e responsabilidade. Usar uma ferramenta como o ChatGPT para gerar conteúdo técnico sem revisão pode:

• Comprometer a credibilidade do pesquisador

• Violar diretrizes de periódicos

• Aumentar o risco de retratações

• Espalhar desinformação

Mas calma: existem outras IAs e plataformas confiáveis que, de fato, trazem artigos reais, como a Elicit, Consensus, além dos clássicos: Google Acadêmico, Scopus e por aí vai.

O desafio: alfabetização em IA

O grande obstáculo atual não é a IA — é o analfabetismo digital e científico sobre como usá-la. Não é intuitivo. Requer estudo, ética e critério. E isso precisa ser ensinado.

“Corrigir um artigo mal feito com IA pode dar mais trabalho do que escrevê-lo corretamente desde o início.”

A IA não deve substituir o pensamento crítico, nem dispensar a revisão humana. Mas ela pode, sim, acelerar etapas, oferecer referências reais, resumir estudos complexos e ajudar na estruturação textual.

Proibir o uso de IA em artigos científicos

não resolve

Assim como proibir a calculadora não acabou com a matemática, banir a IA não impedirá seu uso — apenas empurrará para o uso errado.

O que funciona é ensinar. Formar pesquisadores que saibam usar IA como uma aliada, com consciência e responsabilidade.

Conclusão: IA é aliada, não vilã

A inteligência artificial não está corrompendo a ciência — a má utilização, sim. A diferença está em quem usa, como usa e com qual propósito.

Capacitar-se para usar IA de forma ética é o único caminho sustentável para pesquisadores, instituições e estudantes que querem produzir conhecimento de verdade e escrever artigos científicos de qualidade.

Corromper pesquisas e não oferecer o devido cuidado às publicações científicas não é novidade. Isso não surgiu com a IA. Muito pelo contrário. 

Eu sou grande adepta do uso das IAs. Uso diariamente e vejo o quanto consigo fazer que não imaginaria ser possível. Eu ensino meus colaboradores e clientes a usá-las de forma adequada no contexto acadêmico.

Não é intuitivo e nós sabemos disso. 

Isso vai resolver o problema a curto ou médio prazo? Com certeza não. Mas isso não tira de nós a responsabilidade de fazer o que é certo, com ética e integridade, cada um no seu contexto.

Por isso a Revisa Master existe! Quer aprender a usar a Inteligência Artificial para escrever de forma acadêmica e economizar horas (e dias) de trabalho? Entre em contato agora e inicie sua mentoria de escrita acadêmica!

Fonte: https://lnkd.in/dQQwMfQX